Maldita inocência

Tão sublime a inocência dos homens, deitados em crescente agonia, cegos e tolos abrindo feridas que não podem ser vistas nem tão pouco curadas, dominados por um sentimento tão antigo quanto à própria humanidade, inocente e belo em seu existir, mas perigoso, destruidor, complicado e mortal.

Onde apenas um ser imperfeito e imundo aos olhos dos anjos pode sentir essa doce maldição, por isso sinto pena desses divinos anjos tão perfeitos e belos, pois nunca iram sentir tão forte poder que existe dentro de nós, força que nos aflige e nos consola e que faz a cada dia de nossa mera existência valer à pena.

Maldita? Apenas aqueles que não se entregam a tão grande inocência, que se deixam controla pela razão de certo ou errado, que tem medo de se jogar num precipício sem saber se vai cair ou flutuar, pois, mas vale cair e fazer valer cada ferida uma memória guardada para uma vida, ao nunca ter pulado e viver na incerteza do se tivesse acontecido.

Amar não é apenas sofrer, é uma força que nasce dentro de você que te da coragem de fazer o que antes era impossível, é um poder divino que transforma nosso ser em função de outra pessoa.

Amar é uma ponte que se constrói aos poucos, e depois de pronta não tem mais volta, ficará guardado para sempre dentro de te e de nossas lembranças.

E essa sensação não se pode explicar, nem com toda ciência aplicada a nossa existência.

 

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